dl_07_11Estava procurando o que ver num domingo a noite em que estava reprisando episódios de séries que já assisti e peguei no comecinho o filme O Homem Perfeito. Comédia romântica: bom. Pode ser meio adolescente: mas vamos ver qual é. Hilary Duff eu até que gosto. Ela escrevia um blog: opa, pintou identificação. Foi então que apareceu o Chris Noth, o eterno Mr. Big, que mesmo longe de ser o homem perfeito, é o homem perfeito.  E fiquei assistindo o filme.

É a história de uma mãe solteira, com duas filhas, que cada vez que leva um fora muda de cidade, e ela já levou muitos. Então a filha mais velha, que tem 16 anos, não querendo mudar tão rápido de cidade desta vez, inventa um cara perfeito que seria um admirador secreto da mãe.

Foi então em que um momento, a mãe se mostra relaxada e feliz com esse novo amor e isso a faz agradecer por todos os percalços que levou na vida, se foi para chegar naquele momento. E eu já me senti assim.

Lembro de um dia ensolarado em que eu esperava o ônibus em frente a praça aqui perto de casa e agradeci a Deus por finalmente entender que tudo que eu tinha passado e as pessoas que tinham passado pela minha vida e me magoado era para ter chegado naquele momento de felicidade que eu estava sentindo. Nossa, é uma sensação tão boa, porque além de estar feliz no presente, você consegue fazer as pazes com o passado.

Mas aí hoje, vendo o filme, me ocorreu: mas e quando isso não é definitivo? É daí que nasce a desesperança. E é mais uma história para colocar na conta para tentar um dia perdoar e lembrar que toda a tristeza que ela causou foi por um bom motivo. Mas será que isso acontece de novo? De todos os percalços e recomeços, nunca tinha sentido como naquele dia de sol. Aliás tenho me perguntando se várias coisas podem acontecer mais de uma vez na vida da gente. As ruins eu sei que acontecem. Mas e as boas?

“A coincidência” que une, o destino, a felicidade incomparável, o riso provocado, uma certeza sobre como quer passar o futuro e a delícia de planejar cada próximo dia? E aquela sensação de paz?

Eu não disse que sei de onde surge a falta de esperança…